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Uso de metodologia in vitro para o estudo dos efeitos antipoluição de formulações cosméticas


Uso de metodologia in vitro para o estudo dos efeitos antipoluição de formulações cosméticas
Postado por: Samara Eberlin em 05 de Julho de 2015

2° COLAMA (Congreso Latino-Americano sobre métodos Alternativos em los Ensayos, la Investigación, la indústria y la Educación), Cuba, 5-9 July, 2015.
Vanzo ACJR, Pereira AFC, Cascais LC, Lage R, Andrade CC, Araujo RB, Clerici SP, Facchini G, Pinheiro ALTA, Pinheiro AS, Eberlin S.


O envelhecimento cutâneo extrínseco é influenciado, sobretudo, pela radiação ultravioleta, mas também pela poluição, resultante do tabagismo, produtos químicos, calor e demais insultos ambientais. A fumaça do cigarro contém mais de 4000 compostos tóxicos, incluindo muitos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP), dioxinas e furanos que exercem efeitos prejudiciais sobre a pele, podendo resultar desde alterações inestéticas, como perda de elasticidade e firmeza, até desordens patológicas, como má cicatrização de feridas, carcinoma de células escamosas, melanoma, cancro oral, acne, psoríase, eczema e alopecia. A maioria desses efeitos é mediada pelo receptor AhR (receptor aril hidrocarboneto), um fator de transcrição citosólico encontrado na forma inativa, que se liga ao agente tóxico sendo então translocado para o núcleo da célula onde regula a transcrição de genes envolvidos com estresse oxidativo, inflamação, imunossupressão, pigmentação, envelhecimento prematuro e câncer de pele. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, a eficácia antipoluição de três formulações cosméticas através da quantificação da produção do receptor AhR em cultura de fibroblastos humanos expostos à fumaça de cigarro. Os resultados demonstraram que a exposição das células à fumaça de cigarro promove uma redução de 32,7 % na disponibilidade de AhR no citoplasma da células quando comparado ao controle basal não exposto. Esse resultado indica uma possível migração do receptor para o núcleo celular acoplado ao agente xenobiótico o que culmina na ativação dos genes relacionados por exemplo, a inflamação e imunossupressão. Por outro lado, as formulações avaliadas demonstraram um efeito inibidor da translocação nuclear de AhR, impedindo assim a ativação de genes responsáveis pelos efeitos danosos da fumaça do cigarro. Dessa forma, as formulações cosméticas podem ajudar a diminuir e atenuar os aspectos e os sinais do envelhecimento cutâneo produzido pela exposição constante à poluição, em particular, à fumaça de cigarro.